Os problemas mais comuns que surgem com a idade são as cáries,
principalmente as cáries radiculares (raízes dos dentes), a doença periodontal
(gengivas), a perda de dentes, as alterações funcionais da cavidade oral
(mastigação), o desgaste dentário, o cancro oral, a xerostomia (sentir a boca
seca) e a dor crânio-facial. Outras alterações associadas à idade estão
relacionadas com o aparecimento de mucosas sensíveis e finas, alteração da
cor dos dentes e diminuição da percepção de certos sabores.
Sim, é importante visitar o Médico Dentista e informá-lo de todos os problemas
de saúde e dos medicamentos que está a tomar. Deste modo, o tratamento
médico dentário decorrerá em segurança, pois o profissional irá tomar todos os
cuidados necessários e realizar os tratamentos adequados a cada situação
clínica.
Sim, pois alguns medicamentos quando tomados de forma continuada tem
repercussões na cavidade oral e nos tratamentos. O Médico Dentista poderá
ajustar a terapêutica prescrita e realizar os tratamentos na cavidade oral com
segurança, diminuindo ou mesmo evitando interferências desses medicamentos.
Sim, devemos procurar manter os dentes naturais usando os recursos da
Medicina Dentária. Um único dente pode ser um meio de retenção de uma
prótese removível, durante alguns anos. Os cuidados preventivos a ter com este
dente, nomeadamente o número de visitas a realizar ao Médico Dentista, deve
ser o mesmo, como se existissem mais dentes na cavidade oral.
Sim, com a idade os dentes podem sofrer alterações de cor ficando mais
amarelos e/ou acastanhados, assim como podem surgir dentes com aspecto
longo, devido à retracção gengival, ou mais curtos, por causa do desgaste.
Existem tratamentos, por vezes simples e pouco dispendiosos, que podem
ajudar a melhorar a estética em algumas situações como, o recurso a resinas
compostas ou ao branqueamento dentário. Outros mais complexos e completos
como reabilitações protéticas fixas ou o recurso à ortodontia (correcção do
posicionamento dentário), podem ser soluções também indicadas nestas idades.
Não, desde que os dentes não apresentem problemas de cárie, doença
periodontal (gengivas), ou estejam a provocar trauma das mucosas ou qualquer
outra alteração que possa prejudicar a saúde em geral. Deve ser o Médico
Dentista a avaliar a sua saúde oral e, em conjunto estabelecer um plano de
tratamento adequado.
Para além das alterações estéticas, fonéticas e funcionais a perda de um dente
provoca na boca alterações nomeadamente nos outros dentes, pois alteram a
relação que estes estabelecem, isto é, os restantes dentes movem-se para os
espaços que ficam “vazios” sofrendo rotações e versões e alterando a oclusão
(mordida).
Deve dirigir-se com a máxima urgência ao Médico Dentista para que este avalie
o estado da boca. Poderá ser urgente, para além de outras medidas, a
realização de uma destartarização (limpeza) para eliminar a placa bacteriana e/
ou tártaro que constituem causas desta situação clínica. A placa bacteriana é
uma espécie de película que adere aos dentes e às gengivas e quando não é
removida transforma-se em tártaro duro e rugoso, lesivo para as gengivas e para
o suporte dos dentes, provocando,numa fase mais avançada, dor e mobilidade
dentária.
Escovar os dentes diariamente, pelo menos duas vezes por dia, uma das quais
obrigatoriamente antes de deitar, com uma escova média, e usar escovilhões
interdentários ou fio dentário para hieginizar os espaços entre os dentes e um
raspador lingual para limpar a língua. Usar diariamente um dentífrico fluoretado
e um suplemento de flúor, em bochecho, é o ideal para prevenir a cárie dentária
e a perda de dentes. Os anti-microbianos como a cloro-hexidina podem ajudar a
diminuir as bactérias na boca ajudam a controlar a placa bacteriana e o
aparecimento do tártaro. Se sentir a boca seca, usar substitutivos de saliva para
a humedecer a cavidade oral. Pode ser útil. Aconselhe-se com o seu Médico
Dentista. Deve ter cuidado com os alimentos ricos em açucares (refinados ou
não). Deve visitar o Médico Dentista pelo menos 2 vezes por ano.
Sim. Os dentes intervêm em processos como a mastigação, deglutição, fonética
e no aspecto da estética facial. Quando perdemos dentes, sofremos alguma
destas alterações que podem ser minimizadas se substituímos os dentes em
falta através de próteses dentárias, que poderão ser fixas ou removíveis.
A perda dentária no idoso pode ser compensada através de tratamentos com
prótese fixa ou prótese removível. Os tratamentos com próteses removíveis são
os mais comuns, devendo o idoso reabilitado com prótese ser alvo de uma
atenção contínua pelo Médico Dentária. Este profissional terá uma atenção
preventiva, no sentido de avaliar a necessidade de modificações e
readaptações.
A manutenção das próteses exige alguns cuidados, tais como higienização após
as refeições (das próteses e dos dentes naturais caso existam), limpeza feita
com uma escova especial para próteses, ou uma escova das unhas com cerdas
de nylon e um pouco de dentífrico ou se puder um pouco de sabão ou um
produto específico para higienizar próteses para evitar a formação de manchas.
Por fim, a passagem por água abundante. Remover as próteses durante o sono,
diariamente, para que as mucosas descansem durante algumas horas, salvo em
raras excepções. Conserva-las em água mas, associada ao uso de pastilhas
desinfectantes comercializadas (meios alcalinos). Sempre que surja um “malestar”
na mucosa oral, procurar a ajuda do Médico Dentista.
Marcando uma consulta numa clínica de Medicina Dentária, onde o Médico
Dentista poderá identificar os problemas orais e dar informações de como os
solucionar, em função das necessidades de cada individuo. Os beneficiários do
complemento solidário para idosos podem dirigir-se ao centro de saúde e
solicitar junto do médico de família apoio para a consulta de Medicina Dentária,
mediante a integração no Projecto de Saúde Oral para Pessoas Idosas (cheque
dentista).
Sim, com o passar do tempo os tecidos orais sofrem modificações podendo
surgir lesões que quando não controladas se podem transformar em lesões
malignas. Os portadores de próteses dentárias totais sofrem alterações das
mucosas e desajustes das próteses, que deverão ser corrigidas para evitar
feridas e lesões graves. Em algumas situações devem avaliar-se as infecções
por fungos associadas ao uso de próteses dentárias.
Para substituir os dentes perdidos por próteses dentárias, removíveis ou fixas,
deve dirigir-se ao Médico Dentista e pedir-lhe uma avaliação da situação clínica
e da indicação de qual o melhor tipo de prótese. Só estes profissionais têm
competências clínicas para o aconselhar e tratar.
Os beneficiários do Complemento Solidário para Idosos podem dirigir-se a uma
Clínica de Medicina Dentária para a realização, a readaptação ou para consertar
as próteses. O Médico Dentista fornecerá então uma cópia da receita médica da
prótese, a factura discriminada da despesa e o recibo de pagamento. Estes
documentos deverão ser entregues no Centro de Saúde, que verifica toda a
documentação.
O pagamento é efectuado pelo Instituto da Segurança Social, e traduz-se numa
comparticipação até 75% (máximo 250€ cada 3 anos) da despesa, na aquisição
e reparação de próteses dentárias.